Os parceiros dos projetos EMER-Q Baixa Densidade e EMER-Q Alta Densidade, no enquadramento da actividade “Ligações e Redes Internacionais de Apoio a PME’s”, deslocaram-se a Itália, entre os dias 10 e 13 de Maio, com o intuito de conhecer boas práticas de desenvolvimento de zonas de baixa densidade populacional, em Itália. A experiência possibilitou conhecer outros projetos/ redes internacionais que tiveram sucesso no apoio aos pequenos e micro negócios e assim, conseguiram fazer crescer e desenvolver, regiões anteriormente em risco de despovoamento.
Na manhã do dia 11 de maio, foi realizada uma breve apresentação do movimento Slow Food, pela representante do movimento Daniela Conte e assinado protocolo de colaboração com a Slow Food International Slow Food Italia, assim como foi realizada uma visita guiada à UNISG – Universidade de Ciências Gastronómicas de Pollenzo. A UNISG é uma universidade internacional, localizada no norte da Itália. O campus fica em Pollenzo, perto de Bra, uma cidade na região noroeste do Piemonte. Esta universidade foi um dos impulsos que faltava à região de Pollenzo, tendo contribuído em larga escala para o repovoamento da região. Uma das áreas da universidade é a horta em modo de produção biológico que serve de campo demonstrativo para os produtores da zona que pretendem abraçar este modo de produção, sendo os produtos utilizados na confeção das refeições servidas na cantina da universidade. Durante a tarde realizou-se uma visita a um produtor biointensivo, denominado Duipuvrun, cujo projeto visa a recuperação de variedades antigas, fazendo venda directa a consumidores e restaurantes, para além de fazer a transformação de alguns dos produtos e oficinas gastronómicas, o que lhe possibilita ter várias fontes de rendimento.
Dia 12, a equipa visitou a aldeia alpina de Ostana, na região de Piemonte, província de Cuneo, onde reuniu com as instituições locais e a presidente da câmara/gerente da cabana da montanha, Silvia Rovere, tendo sido assinado um protocolo de colaboração. Ostana, há cerca de 20 anos tinha apenas 5 habitantes e correu o risco de desaparecer. No entanto, graças à perseverança de um punhado de habitantes liderados pelo ex-presidente da Câmara, Giacomo Lombardo, que implementaram um conjunto de medidas de estímulo à atracção e fixação de novos habitantes, com criação de emprego, melhoria das habitações e das condições de vida, começou a receber turistas, e a atrair artesãos e estrangeiros, levando a que hoje tenha 52 habitantes. Na actualidade, Ostana é uma aldeia que beneficia do turismo e do apoio de vários fundos comunitários, que possibilitaram a implementação de novos negócios e a criação de novos postos de trabalho, assegurando assim o seu futuro. Durante a tarde contámos com a visita guiada Enrica Alberti e Giacomo Lombardo a produtores locais e jardim orgânico, nomeadamente: Agroturismo “Anostro Mizoun”; Cashmere & Alpaca e Azienda Agricola Biologica di Giraudo Serena. Por último, visitamos o Centro para o Estudo dos Rios Alpinos, que integra a Cooperativa Comunitária Face a Face de Ostana e contribui activamente com projectos de investigação, eventos, entre outras atividades para a revitalização de Ostana.
