Desde o início do ano, aconteceu na Aldeia do Burgo uma oficina de Filé, uma iniciativa no âmbito do projecto de desenvolvimento rural Há Festa na Aldeia que, desde 2015, ali cumpre o propósito de recuperar e inovar tradições, valorizando o património e a identidade do local.
Interrompida durante alguns meses, pela situação de pandemia que o país atravessa, foi retomada em Julho, onde os formandos, de todas as idades e alguns sem experiência na arte, aprenderam sobre os tipos de pontos, a produção de redes e bastidores.
O resultado, que seria apresentado no evento-âncora de 2020, um pequeno festival onde são apresentados os resultados do trabalho com a comunidade ao longo do ano, e que foi naturalmente cancelado, ainda não foi exposto ao público, mas pode ser apreciado nas fotografias que aqui partilhamos, aguçando a curiosidade.
O Filé, cujo nome tem origem na palavra francesa “filet” que significa rede, trata-se um tipo de bordado sobre uma rede de quadrados em fio. Fios entrelaçados dão origem aos mais bonitos motivos. A história coloca a origem deste ofício no antigo Egipto, mas certa é a sua presença em Portugal e mais tarde no Brasil, marca da colonização deste território.
O projecto Há Festa na Aldeia é co-financiado pelo POISE no âmbito do Programa de Parcerias para o Impacto.