Segundo a Organização para a Alimentação e Agricultura, uma alimentação e nutrição segura consiste em garantir que “todas as pessoas possuem sempre acesso físico, social e económico a alimentos em quantidade e qualidade (variedade, diversidade, composição nutricional e segurança) de forma a garantir as suas necessidades nutricionais e as preferências alimentares para uma vida ativa e saudável; um ambiente sanitário; cuidados de saúde adequados; educação e conseguem reduzir ou eliminar perdas e desperdícios durante a produção alimentar, processamento e consumo.”
De acordo com as estimativas da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), 600 milhões de pessoas adoecem e 420 mil morrem, anualmente, globalmente, na sequência da ingestão de alimentos contaminados.
A redução de perigos nos alimentos, para além de tornar os alimentos seguros ao consumo, contribui também para uma redução do desperdícios alimentar. No nosso país, o desperdício alimentar, ocorre maioritariamente a nível do retalho e do consumidor final.
A sustentabilidade alimentar numa habitação é garantida não só pela segurança alimentar e pela minimização do desperdício mas também, pelo exercício de dietas nutritivas, saudáveis, acessíveis e com preocupações ecológicas, pelos indivíduos de uma mesma habitação. O excesso de ingestão de alimentos altamente calóricos aliados, por vezes, a uma baixa atividade física, conduzem a doenças como o cancro, diabetes e problemas cardiovasculares.
O consumo local e sazonal e a produção agrícola em modo biológico promovem o consumo de alimentos mais saudáveis e ecológicos. O consumo local exige uma menor utilização de recursos e os alimentos são mais ricos, a nível nutricional, pois são produzidos em condições ambientais ótimas. O modo de produção biológico é um método de produção que tem como princípios a conservação de recursos como o ar, solo e água e a biodiversidade.
O Cibu in Domo surge no âmbito da tese de doutoramento Food Safety Innovation and Local Farming que está a ser desenvolvida entre a Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica do Porto, o projeto Prove, a Associação de Desenvolvimento das Terras Altas do Homem, Cávado e Ave (ATAHCA) e a Associação de Desenvolvimento Rural das Terras do Sousa (Ader-Sousa). A Phenix Portugal também se juntou ao projeto de forma a ajudar a consciencializar para o desperdício alimentar na população. O projeto pretende capacitar o consumidor final, para a manipulação correta dos alimentos preparados e confecionados em sua casa, evitando o aparecimento de doenças alimentares e o desperdício alimentar, ao mesmo tempo que adquire conhecimento para seguir uma dieta nutricional sustentável e adequada. Pretende, também, promover o consumo de produtos locais e sazonais, da mesma forma que os promotores percecionam e analisam as reservas, que por vezes existem no consumidor em aderir a este tipo de circuito de consumo.
Caso tenham interesse em participar e conhecer mais o projeto, a primeira etapa passa por responderem a um inquérito no Google Forms e depois serão contactados por um elemento do projeto que vos irá explicar todas as condições de participação. O programa é feito via online e em grupo.
Para mais informações, contactem-nos através do email cibuindomo@gmail.com ou contacto móvel 930 674 480.