Foi em Miranda do Douro, no auditório do Pavilhão Multiusos, que decorreu a sessão de apresentação do projeto Aldeias Sem Fronteiras, no dia 22 de fevereiro. A sessão, que reuniu os promotores do projeto – A ADER-SOUSA – Associação de Desenvolvimento Rural das Terras do Sousa e a CoraNE – Associação de Desenvolvimento dos Concelhos da Raia Nordestina – contou com a presença de vários agentes locais, da Terra Fria Transmontana.
O Aldeias Sem Fronteiras está a ser implementado nas Terras do Sousa e na Terra Fria Transmontana, com um carácter experimental e pretende testar uma metodologia de estímulo ao desenvolvimento pessoal e intergeracional, contribuindo para a participação comunitária e para a promoção do crescimento individual na comunidade, através da animação sociocultural, estabelecendo uma rede de parcerias formais e informais, com vista à realização de actividades conjuntas.
A sessão de abertura, contou com a presença da Sra Presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro, Dra Helena Barril, que sublinhou a importância deste projeto para ambas as regiões. A ADER-SOUSA, teve oportunidade de partilhar a sua experiência e atividades desenvolvidas, na sua área de atuação, uma vez que contam já com mais de 40 atividades realizadas, no âmbito deste projeto. A aceitação do Aldeias Sem Fronteiras, por parte dos agentes locais e da comunidade, tem sido um aspeto positivo e um bom indicador de que este projeto está a cumprir com os seus objetivos.
A presença dos presidentes de junta da região da Terra Fria Transmontana – freguesias dos Concelhos de Bragança, Miranda do Douro, Vimioso e Vinhais – enriqueceu o debate e possibilitou desenvolver um conjunto de ideias, entre os presentes, capazes de adaptar o projeto à realidade sociocultural e demográfica da referida região.
Foi ainda discutida a importância de se solidificar o projeto de forma a que o mesmo possa ter continuidade, depois da sua conclusão. Sobre isso, Luísa Pires, coordenadora da CoraNE, salientou e sensibilizou, para importância de um trabalho de cooperação e a necessidade de envolver todos os agentes locais, por forma a salvaguardar essa continuidade. Não menos importante, José Sousa Guedes, coordenador da ADER-SOUSA, esclareceu os presentes que este projeto irá permitir criar um manual de boas práticas para garantir a sua transmissibilidade.
O cruzamento intergeracional que este projeto proporciona, permite colmatar o isolamento dos mais idosos e por outro lado, a partilha de conhecimento aos mais novos, de forma a que a identidade cultural de cada região, não se perca.
O lançamento do 1º concurso de fotografia, “Descobrir a natureza das Aldeias Sem Fronteiras”, foi ainda um dos momentos altos desta sessão. O concurso arrancou no dia 1 de março e os interessados têm até 31 de maio, do presente ano, para submeter o seu trabalho. O regulamento e informações sobre o concurso, está disponível na página do Aldeias Sem Fronteiras